É um gancho, é um cabideiro, é uma peça que transita pela casa, ao gosto do usuário. Fácil perceber que o Cabideiro Manuh, menção honrosa no Prêmio Salão Design 2017, reflete a versatilidade de seu criador, o designer Eduardo Borém, que também é músico e fundador da banda Móveis Coloniais de Acaju. Para ele, é cotidiano circular entre artes, materiais e formas de expressão variadas. Foi assim que nasceu Manuh: com um pouco de elegância, humor e certa dose de poesia.
Mineiro de Montes Claros, Eduardo Borém foi criado em Brasília e vive entre a capital federal e São Paulo. Formado em Desenho Industrial pela Universidade de Brasília, é sócio do escritório Borém e Borém Design e Interiores. Trabalhos multidisciplinares destacam-se no seu repertório. Seja na decoração, no mobiliário, música, fotografia, texto, poesia, artes visuais ou performance, Borém busca adequar técnica, suporte, conceito, funcionalidade e estética em cada projeto.
É assim com Manuh! Peça em aço carbono com banho de cobre, vai do armário no quarto, para o toalheiro no banheiro, para a maçaneta da porta na sala. Afinal, as pessoas se deslocam. Com desenho sinuoso, leve e delicado, o cabideiro é feito com corte a laser. “Quero sempre algo novo para aprender, novas histórias para contar, novas poéticas para criar, novas conexões para fazer e, principalmente, novas ideias para tirar do papel”, conta.
Além da menção no Prêmio Salão Design, conferida pelos jurados pela racionalidade do projeto, o designer já teve criações em mobiliário reconhecidas em Berlim, produção gráfica reconhecida na Bienal de Design Gráfico de São Paulo e em Madrid. Já expôs em Lisboa numa ação dos Irmãos Campana na Bienal Experimenta Design. Com a banda Móveis Coloniais de Acaju, tocou no Rock in Rio, Abril Pro Rock, Recbeat, Porão do Rock e Curitiba Rock Festival, além dos festivais Pukelpop, na Bélgica, e Primavera Sound, em Barcelona. Tem premiações como Prêmio da Música Brasileira, Prêmio Multishow e MTV Video Music Brasil.
