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O design de produto, especialmente o moveleiro, vive sob o encantamento do #madeinitaly. O posicionamento baseado em narrativas fundadas sobre beleza levou o conjunto de criações daquele país ao mais elevado patamar de desejo pelo consumidor. A resposta para o sucesso da Itália na produção moveleira, para Victor Megido, diretor do Istituto Europeo di Design no Brasil (IED) é muito mais cultural do que técnica.

O Prêmio Salão Design conferiu a palestra do professor  durante a Fimma Brasil, Feira Internacional de Máquinas, Matérias-Primas e Acessórios para a Indústria Moveleira, que está ocorrendo essa semana em Bento Gonçalves. Megido sustenta e argumenta que o Brasil também pode ganhar esse jogo do posicionamento mundial de seu design inspirando na prática italiana, que é pautada por uma narrativa única em torno de seus atributos. “O design é um dos meios de interpretação da beleza, e sem beleza não há vida”, defende.

Para o professor, não haveria #madeinitaly  se não existisse a beleza e, especialmente, a beleza vista pelos olhos dos italianos. Tanto o objeto é importante quanto a percepção do objeto no momento em que é experenciado. O que é essa beleza italiana que o mundo tanto ama e o mundo tanto quer comprar? Num vídeo curto, Megido revela:

 

 

Aí está: as referências de beleza são únicas e estão ligadas à visão do mundo de cada cultura. Não há como copiar a beleza italiana. O Brasil tem que investir na sua expressão única da beleza. Megido considera que os móveis são uma grande oportunidade para tornar a experiência de vida única, rara, memorável. É assim que a Itália entende o morar quando produz especificamente móveis: é experiência.

Nesse contexto, o utilitário é importante, mas sem essência não há alma, não há vida. O design italiano, que se desenvolve nas décadas de 1950 e 1960, é ligado aos movimentos artísticos, na contramão do inglês ou alemão, muito mais conectado à tecnologia e função.

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Juicy Salif, design de Philippe Starck para Alessi

O italiano chega para provocar. O propósito de valor é tornar o utilitário algo belo, tornar a vida algo desejável. Nele, todo o pequeno detalhe do objeto é fundamental, pois todo o conhecimento é obtido por meio da experiência sensória. Para o italiano, se não está perfeito, não está feito.

O design italiano bebe de suas fontes da beleza, um berço profundo, uma arte milenar. Mas Megido alerta: esse posicionamento mundial de sucesso só foi possível numa sinergia de profissionais de diversas áreas para a criação de um mundo mais belo. Arquitetos, filósofos, engenheiros, cientistas, designers e artistas levaram anos, quiçá décadas, para posicionar esse design experimental como objeto de desejo. E o desejo é pelo propósito de valor e não pelo objeto em si: experiências e formas de vida que oferecem a realização de felicidades e autoestima.

E o Brasil? Seu desafio é criar e recriar novas soluções, propondo novo valor a partir do antigo. O diretor do IED acredita que o design nacional tem toda a capacidade, valorizando sua cultura, quem somos e o que temos de único; investindo em tecnologia, eficiência e exaltando a narrativa sobre a marca Brasil que o mundo tanto aprecia. Como? O Sindmóveis, em parceria com a Apex-Brasil tem um projeto que responde exatamente a essa demanda.

É o Projeto Raiz, que fomenta a internacionalização do serviço do designer brasileiro, influenciado por toda a cultura que o cerca. O Projeto Raiz expressa a mistura de sotaques, climas, identidades e paisagens que define o Brasil. Reconhecendo que a soma de culturas alimenta a criatividade nacional e nutre uma personalidade única, a ação já reúne o trabalho de cerca de 30 designers brasileiros. Quer saber mais sobre o projeto? Acesse o site do Sindmóveis: www.sindmoveis.com.br


Por:

Imprensa Sindmóveis

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