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2º Etapa, Geral, Seleção,

Não é por acaso que os ícones do design são, em sua maioria, cadeiras. Trata-se de uma questão histórica, com o surgimento de casos exemplares de inovação configurativa e construtiva, principalmente, na primeira metade do século XX, associado a grandes mestres do design.

O designer, crítico de design e professor Ivens Fontoura, jurado do Salão Design em 12 das 20 edições do prêmio, enumera: “É o caso de Alvar Aalto, Charles Mackintosh, Gerrit Rietveld, Harry Bertoya, Le Corbusier, Marcel Breuer e Mart Stam, entre tantos outros, passando por Gaetano Pesce, Ettore Sottsass e Verner Panton, até Philip Stark ou Ron Arad. No Brasil, Joaquim Tenreiro e Sergio Rodrigues, entre outros. Daí a vontade dos jovens, por exemplo, em buscar inspiração na obra destes mestres. O mercado, a mídia e a sociedade também!”.

Questões filosóficas, antropológicas e culturais podem nos ajudar a compreender melhor por que tantas cadeiras, mas Ivens Fontoura sintetiza essa paixão do design pelo objeto de sentar em um motivo pura e simplesmente biológico. “Na capa de minha tese de mestrado (UNAM, 1985), trago uma ilustração do designer gráfico inglês Roger Dean: um esqueleto humano sentado sem cadeira na ponta de um iceberg. Ele consegue a proeza porque tem um robusto e longo rabo e Roger Dean, quando aluno do Royal College, negou-se a desenhar mais uma cadeira, propondo que a solução do ato de se sentar está na Engenharia Genética. Somente ela será capaz de recuperar o rabo que um dia os humanos tiveram. Dessa madeira, será possível ter três pontos de apoio”, contextualiza.

Enquanto o homem permanece sem seu rabo, que tal conferir algumas soluções propostas pelos finalistas do Salão Design ao ato de sentar?

 

Modalidade: Estudante

Projeto: Cadeira Cláudia

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Cadeira em madeira maciça, que se transforma em mesa de apoio e pode ser empilhada. Fechada, facilita o armazenamento nas residências. São dois produtos em um só, com fácil manuseio e inclinação conferida pela travessa traseira, que trava o encosto no ângulo correto de utilização.

 

Modalidade: Profissional

Projeto: Cadeira Siga-me

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O design da peça teve como inspirações a silhueta “padrão” de cadeiras e o desafio de conceber sua estrutura a partir de uma única haste metálica dobrada sucessivamente em diversas direções e ângulos, formando um percurso cíclico. Uma chapa metálica perfurada constitui o assento e o encosto e tem também a função de estabilizar a estrutura. As linhas simples e dinâmicas da cadeira possibilitam seu uso em diversos contextos: residências, hotéis, cafeterias, bares; edificações de arquitetura tradicional, moderna, brutalista, contemporânea; ambientes externos ou internos.

 

Modalidade: Profissional

Projeto: Cadeira Bones

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Cadeira de múltiplos usos cuja montagem é feita através de encaixes, sem parafusos, cola ou outros adesiva, em três passos simples. Isso permite uma opção econômica de fabricação, reduzindo mão de obra qualificada. Seu design é simples, mas o processo de design objetiva o conforto do usuário. Oferece uma boa relação entre o corpo humano e o assento, com um design ergonômico, com base em requisitos antropométricos e biomecânicos. Pode ser fabricada em qualquer material de 18 milímetros de espessura.

 

Modalidade: Profissional

Projeto: Cadeira Lina

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Cadeira em madeira maciça, com assento e encosto em compensado anatômico multilaminado, estofados. Tem o design inspirado na obra da arquiteta ítalo-brasileira Lina

Bo Bardi, mundialmente reconhecida por obras arrojadas e grandiosas, como o Sesc Pompéia, a Casa de Vidro e mais notadamente, o MASP. Sua produção sugere sempre um diálogo entre a modernidade universalista e a cultura popular regionalista. Assim, a principal característica da cadeira Lina é a estrutura leve, composta de formas geométricas com detalhes em balanço.

 

Modalidade: Profissional

Projeto: Cadeira Nina

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Nina traduz uma filosofia de concepção de produtos: um objeto leve para o seu interior e para o meio ambiente, versátil e ao mesmo tempo simples, simpático. Em oposição ao tecnológico e virtual, Nina quer um retorno ao essencial, e propõe uma forma lúdica e original de compartilhar o espaço com o próximo. Projetada em madeira maciça ou com assento e encosto de estofado, para uso residencial ou em espaços de uso coletivo. Numa proposta cativante, as cadeiras Nina são combinadas para formar um banco, evoluir com a vida.

 

Modalidade: Profissional

Projeto: Cadeira Iaiá

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A cadeira Iaiá surgiu de uma necessidade prática na casa do designer criador: faltava uma cadeira na mesa de jantar. Ela foi desenhada com inspiração no modernismo brasileiro e seus grandes mestres, utilizando seus materiais e processos como conceito. A madeira veio para dar o calor, o toque; a palha, pela leveza, conforto e transparência. A escolha da utilização do metal foi para oferecer uma estrutura rígida e leve, além de sua plasticidade.

 

Modalidade: Indústria

Projeto: Linha Tirol

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Tirol é uma releitura da linha Tirolesa, produzida nos anos 1970. Foi desenvolvida para adequar-se a diferentes espaços. Para isso, a madeira foi trabalhada de forma sutil, com linhas simples, que se agregaram a elementos orgânicos, conferindo uma forma elegante e racional.

Sua melhor definição é a atemporalidade. Equilíbrio entre forma e função em uma relação amistosa e precisa. O produto utiliza de técnicas de encaixe antigas de marcenaria combinadas ao uso de alta tecnologia de fabricação das partes (máquinas CNC), concebidas com materiais naturais sustentáveis e acabamento tecnológico.

 

Modalidade: Indústria

Projeto: Cadeira Daki

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A peça Descaracteriza a forma clássica da cadeira com braços, convidando o usuário a uma experiência, possibilitando sentar em duas posições. Todo desenho foi pensado para ser enviado à uma máquina de CNC e usinado em um tempo que torne o produto mais acessível, unindo plasticidade e agilidade de fabricação. O material utilizado é o cedro rosa.

 


Por:

Imprensa Sindmóveis

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